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2 de dez. de 2010

Previsão da inflação de Moçambique - Uma análise econométrica

O Grupo Mozeconomics procurou fazer um estudo na tentativa de prever a inflação mensal de Moçambique. O Banco de Moçambique (BM) e o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgam uma previsão, bem como a série histórica do IPC de Maputo que, no caso, percebemos que a meta inflacionária estipulada pelo BM utiliza o índice da capital. Enfim, o Grupo pretende com este estudo encontrar um modelo próprio para realizar previsões para essa variável tão relevante no cenário macroeconômico.
Utilizou-se econometria de séries temporais, como se trata de um modelo univariado, ou seja, uma única variável é considerada, assim se considera que o que explica a inflação atual são os valores passados dessa variável. A metodologia Box-Jenkins apontou um modelo autoregressivo e de média móvel ARMA(6,5), sendo que este minimizou os critérios AIC e SCH, apresentou o menor desvio e possui erro tipo ruído banco, em outras palavras, o modelo pode ser utilizado para previsão. Vale ressaltar que utilizou-se a série IPC dessazonalizada pela técnica TRAMO.

IPC – Moçambique
Mês
Projetado
Novembro/10
0,113014
Dezembro/10
0,706450
Janeiro/11
0,956579



O resultado da análise é uma previsão da inflação acumulada no mês de Novembro de 2010 de 11,673014% e anual de 12,379464%.
A meta anual estabelecida pelo Governo é média anual igual a 9.5%, contudo, até ao momento não foi possível identificar a metodologia para este cálculo. Acreditamos que no mais breve possível estaremos atualizando neste  mesmo post, a nossa análise com base nas nossas previsões,se o BM está dentro da meta e se conseguirá atingir a meta estipulada para o corrente ano.
O objetivo é dar sequência ao estudo apresentando os erros de previsão e as correções do modelo mensalmente e publicá-los antes que o BM e INE divulguem. Existe a possiblidade de agregar mais variáveis ao estudo da previsão da inflação de Moçambique, por tal, deixamos o convite aos interessados a acompanhar as futuras atualizações no blog.
Terminando, gostaria de fazer um agradecimento especial ao Caio César pela ajuda na realização deste estudo e quem quiser conhecer a sua página basta clicar aqui.

11 de nov. de 2010

Moçambique apresenta projeto da fábrica de medicamentos


Em Moçambique, o Brasil está especialmente presente no setor minerador com a gigante Vale, que deve abrir uma mina de carvão em 2011 em Tete (norte), para a construção e a produção de biocombustíveis.
A implantação de sedes da Universidade Aberta do Brasil em Moçambique é outra iniciativa de grande alcance social, que permitirá aos mais pobres terem acesso à educação superior", agregando que isso fomentará a educação de qualidade em todos os níveis, pois sua prioridade é a capacitação de professores.
De acordo com o ministério da Saúde do Brasil, 80% dos recursos financeiros para a aquisição de medicamentos em Moçambique procede de países doadores. Com a implementação da fábrica, Moçambique inicia a aquisição do conhecimento da tecnologia na produção publica de medicamentos, de acordo com os atuais padrões de Boas Práticas de Fabricação (BPF), o que deve reduzir a dependência e ampliar a autonomia neste setor, com a possibilidade de converter os atuais doadores em parceiros desta nova iniciativa.
O ministro da Saúde moçambicano, Alexandre Manguele, elogiou a iniciativa. "Significa muito, significa que para enfrentarmos um dos mais graves problemas de saúde pública, podíamos contar apenas com medidas preventivas", disse.
"Com a fábrica instalada aqui vamos produzir os medicamentos que precisamos, então vamos poder multiplicar a vida das pessoas que enfrentam uma doença mortal numa doença crônica que podemos tratar", completou. "No momento posso garantir que estamos tratando quase 210.000 pessoas, mas acreditamos que isso deve ser talvez cerca de 50% dos que necessitam". Moçambique é um dos países do mundo mais afetados pelo vírus da Aids, com 2,5 milhões de portadores, ou seja, 11,5% da população. 

24 de out. de 2010

Reflexos da crise na Europa

Para resgatar os bancos, 2008, os governos aumentaram  os gastos, mas agora, estão com déficits e dívidas enormes. Na França, trabalhadores, estudantes e sindicatos  foram às ruas protestar contra a reforma da previdência, que eleva a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos(Esperança de vida=80 anos). As manifestações não são só por causa da reforma da aposentadoria, mas uma insatisfação contra a crise que está tirando emprego, criando desconforto. Os grevistas têm o apoio de quase 70% da população, enquanto o presidente Sarkozy tem 30% de popularidade, a mais baixa da Europa.


A Inglaterra que está com o maior déficit da europa(11,5% do PIB), com excessão da Grécia, anunciou semana passada um corte de gastos muito violento(ex: seguro desemprego “eterno”).  O país vai demitir quase 500 mil funcionários públicos ao longo de quatro anos. Haverá corte extraórdinário em vários ministérios. Os Ministérios da Educação e Saúde serão os únicos afetados positivamente. Foram criadas metas de desempenho onde buscarão eficiência nos gastos do governo.
Olhando estes dados e fazendo uma rápida analogia com Moçambique, a esperança de vida(EV) no país é de 37 anos e a idade permitida para aposentar está atualmente acima dos 50 anos, ou seja, a maioria da população que trabalha por muitos anos mas sem atingir a idade mínima para aposentar, paga as suas contribuições no INSS para no final não poder receber na totalidade(ou parcial levando em conta a EV) a assistência previdenciária. Acredito que seja bastante inquerente e questionável a falta de leis para regular esta assimetria de políticas demográficas. Já o nosso déficit público está 0.70* p.p acima da meta acordada para a Comunidade da SADC.
            Recentemente, o governo apresentou várias reformas com vista a reduzir os constantes déficits generalizados e dias depois uma série de ações com o objetivo de estancar o elevado custo de vida no país, porém, com este cenário europeu e o registrado descontentamento dos principais parceiros em relação à Moçambique fica questionável o sustento deste recuo no longo prazo.

*Estimativa do FMI para 2009, ou seja, ignora a captação dos TP’s(30,7 milhões de euros)

15 de out. de 2010

Projeto da mineradora Vale em Moçambique

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Vídeo Institucional da Vale Moçambique_____________Roger Agnelli, CEO da Vale, falando do Projeto Moatize

7 de out. de 2010

Turismo em Moçambique:

ter praias lindas e fauna exótica não chega!

“Um país repleto de vida, exotismo e mistérios. De beleza única, onde há pureza por todas as partes. Pudera o mundo conhecer este lugar. Nada haveria de conter o encantamento de todos... Quem aqui vem ou não parte ou volta um dia. Assim é Moçambique. Belo e acolhedor. Alegre e surpreendente. Único e fascinante.”

Com estas palavras inspiradoras, a marca Moçambique propõe-se projectar o nosso país além-fronteiras para cativar potenciais turistas.

Mas nestas mesmas características muitos outros destinos encaixam. Outros destinos que também têm praias de água azul, muito verde da natureza e o amarelo do sol tropical. Destinos que têm também infra-estruturas que funcionam e estão interligadas, uma indústria de turismo montada. Como podemos ombrear com estes concorrentes?

Apesar dos nossos parcos recursos financeiros, se entramos numa disputa temos que usar as mesmas “armas”que os nossos adversários. Exacto. São adversários, não amigos nem parceiros, porque não podemos ter ilusões ou esperar que os turistas que vêm para destinos aqui na nossa região, que já são parte da rota mundial de turismo, decidam alongar as suas estadias e passar também mais alguns dias em Moçambique.

Porque o fariam? Onde teriam ouvido falar do nosso país? Se é verdade que começam a aparecer algumas notícias sobre Moçambique na imprensa internacional convenhamos que muitas outras notícias aparecem sobre outros destinos na região. Se nós anunciamos numa revista internacional os nossos adversários anunciam em muitas outras publicações de distribuição à escala mundial, anunciam em redes de televisão globais e tiram grandes proveitos da aldeia global que é a internet, entre outros canais e meios de comunicação.

Na altura do lançamento da “Marca Moçambique” o Ministério do Turismo afirmou que esta seria promovida em português e inglês em vários países, entre os quais Portugal, África do Sul, Reino Unido, Alemanha e alguns da Ásia, numa campanha que deverá durar seis meses. Hoje, passados quase 3 meses constatamos apenas anúncios na imprensa local e em algumas revistas internacionais. Segundo o director nacional de Promoção Turística no Ministério do Turismo, Jeremias Manussa, está previstapara o mês de Maio a continuidade da campanhacom o alargamento a outros media, nomeadamente televisão e rádio nacionais

Mas afinal a quem queremos mostrar a nova marca? Aos moçambicanos? Ou a potenciais turistas estrangeiros?

Segundo Jeremias Manussa, temos estado presentes em algumas feiras internacionais do sector. Mas será que o turista decide para onde vai de férias pelo que vê num pavilhão de uma feira?

Quantos turistas tiveram contacto com este marketing durante essas feiras?

É certo que alguns operadores turísticos, nesses países onde se realizam as feiras, possam ter visto a marca e pretendam incluir Moçambique na sua oferta de destinos. Mas sem uma comunicação e marketing integrados a nível internacional, ou mesmo nacional, isto passará despercebido a muitos potenciais turistas.

Um facto é que a marca Moçambique não tem até hoje, passados quase 3 meses do seu lançamento, um website. Quão difícil será fazer um website? Estará, com certeza, ainda em andamento o concurso público para a sua efectivação. Entretanto, centenas de moçambicanos criam todos os dias páginas na web. Alguns moçambicanos terão ouvido falar em Montenegro ou na Croácia pelos mais variados motivos. Hoje descobrimos, se calhar apenas alguns mais privilégiados que podem assistir a canais de TV globais, que esses países têm praias fantásticas de àguas azuis e quentes, paisagens de cortar a respiração.

Moçambique continua por se mostrar. O que leverá um turista a fazer um safari no Quénia em vez de vir fazê-lo a Moçambique? Natureza e animais selvagens nós temos. Será a desvantagem de apenas termos uma ligação directa para a Europa, via TAP, ou será que nos fazem falta também voos directos da América ou da Àsia? Ou será mais conhecido o Quénia pelo seus belos safaris, que até Hollywood se encarregou de imortalizar? Será por acaso que imagens de leões ou elefantes nas pradarias africanas não são filmadas no nosso país? Porque será que nos poucos filmes de Hollywood rodados em Moçambique não aparecemos como cenário original, (as nossas praias ou os nossos animais selvagens), mas sim como um locação onde é recriado outro país? Neste assunto de animais selvagens importa destacar que até para o turista moçambicano, e ele existe apesar de ignorado, sai mais em conta ir apreciar leões a um parque transfronteiriço do que fazê-lo no nosso território.

É com agrado que vamos sendo informados de que o nosso país aumentou o número de camas para acolher turistas, como resultado do aumento dos investimentos na área do turismo. Mas será que o turismo resumesse a hotéis bem decorados, praias lindas ou animais selvagens? Onde fica a qualidade do atendimento nestes locais, onde para se fazer pompa emprega-se mãode-obra local de fraca formação e sem estímulos para fazer melhor? É importante que as estatísticas mostrem que determinado empreendimento gera emprego nas comunidades onde está inserido.

Num recente relatório do World Economic Forum, sobre competitividade no sector do Turismo mundial,Moçambique está entre os piores dez locais para investir nesta área (124º lugar num universo de 133 países).

Neste mesmo relatório, a nossa mão -de- obra na àrea de turismo é colocada em 130º lugar e no quesito dificuldade para a obtenção de visto de entrada estamos posicionados na 122ª posição. Sobre a fiabilidade da nossa PRM estamos no 117º lugar.

Ainda de acordo com o director nacional de Promoção Turística no Ministério do Turismo, a campanha da marca Moçambique também tem por objectivo resgatar o caloroso e amistoso acolhimento com que o povo moçambicano tem encantado estrangeiros há vários séculos. Um dos mais antigos visitantes, Vasco da Gama, designou o nosso país de “terra de boa gente”. Mas será que o pescador nas praias lindíssimas recebeu a mensagem? Será que o polícia vai mudar a sua atitude? Será menos complicado conseguir um visto de entrada numa fronteira nacional sem desperdiçar horas de espera que muito melhor seriam dispendidas na praia?

É importante destacar que o nosso país está bem colocado, 46ª posição, no que respeita ao esforço do governo em dar prioridade ao sector do turismo. Mas está claro que este esfoço não tem sido suficiente. A verdade é que não tem sido suficiente não pela falta de trabalho e dedicação de quem trabalha no sector, mas pela inexistência de uma estratégia concertada e articulada entre os vários intervenientes e actores desta indústria.


Artigo publicado no Jornal A verdade(08.05.2009) por Adérito Caldeira e achei pertinente dividir com vocês.

24 de set. de 2010

Mozambique - Doing Business in Africa


Doing Business apresenta indicadores quantitativos sobre regulamentos para os negócios e sobre a proteção dos direitos de propriedade que podem ser comparados entre 175 economias.

São medidos os regulamentos que afetam 10 áreas do dia-a-dia dos negócios: abertura de empresas, obtenção de alvarás, contratação de funcionários, registro de propriedades, obtenção de créditos,proteção aos investidores, pagamento de impostos, comércio internacional, cumprimento de contratos e fechamento de empresas.

Os indicadores são utilizados para analisar resultados econômicos e identificar quais reformas funcionaram, onde e por quê.



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1ª Parte---------------------------------------------------------------2ª Parte
(Mega Projetos e Mineração)--------------------------------------(Bio-combustíveis e diversificação da economia)



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3ª Parte--------------------------------------------------------------4ª Parte
(Setor Financeiro e acesso ao financiamento) ----------------(Turismo e Património)

Segundo os relatórios do Programa Doing Business patrocinado pelo Banco Mundial, Moçambique com perto de 20 milhões de habitantes em 2007, tinha 350 mil empregos formais. Dados mais recentes indicam que apenas 20% da População Economicamente Ativa(PEA) trabalha no setor formal.

Infelizmente, não há indicadores recentes das taxas de desemprego e segundo o Banco Mundial, a PEA em 2007 foi de 9,6 milhões, sendo que 48,4% eram mulheres com o setor da agricultura empregando aproximadamente 80% da PEA. Estima-se que anualmente ingressem no mercado de emprego cerca de 300.000 jovens, os quais exercem uma grande pressão sobre o mercado de emprego, que é incapaz de gerar postos de trabalho suficientes para os absorver.

Ainda sobre o Programa, elaborei a tabela abaixo para facilitar as comparações entre países da SADC e Brasil-referência de um país emergente, para observar evolução/involução nos referidos rankings.

Graças às significativas reformas, Moçambique conseguiu subir 5 posições em relação ao ano anterior(2009), ocupando a posição 135° destacando-se em relação a alguns países da SADC, porém, a rigidez das leis laborais e o código de uso da terra, impõe ainda grandes constrangimentos.

A exigência de capital integralizado mínimo, reflete a quantia que o empresário deve depositar em um banco antes do início do registro e é mostrado como porcentagem da renda anual per capita do país. Por exemplo, em 2006, em Moçambique, a exigência de capital mínimo para empresas de responsabilidade limitada era de 1,5 milhão meticais, dos quais a metade devia ser paga antes do registro. Portanto, o capital mínimo registrado para Moçambique é de 750 mil meticais, ou 10% da renda anual per capita.

Nas Filipinas, a exigência de capital mínimo era de cinco mil pesos, mas somente um quarto devia ser pago antes do registro. Portanto, o capital integralizado mínimo para as Filipinas é de 1.250 pesos, ou 2% da renda anual per capita.

Custo de demissão em Moçambique, por exemplo, o empregador deve dar aviso prévio de noventa dias antes da demissão de um funcionário excedente, e a indenização para trabalhadores com vinte anos de serviço é igual a trinta meses de salário. Não há cobrança de punição. No total, o empregador paga 143 semanas de salário para demitir o funcionário.

Moçambique está reformando vários aspectos do seu ambiente de negócios, visando atingir o primeiro lugar na região da SADC em facilidade para fazer negócios e desde o início do Programa Doing Business, pertence ao grupo de países que mais faz reformas positivas anualmente visando atrair empreendedores nacionais e empresários internacionais. Reformas podem mudar o atual cenário ao tornar mais fácil a criação de mais empregos pelas empresas. As reformas ampliam o alcance dos regulamentos trazendo empresas e trabalhadores para o setor formal, no qual esses podem ter os benefícios de seguro saúde e pensões.

Os maiores beneficiados serão as mulheres e os jovens trabalhadores. Empresas pagam impostos. Os produtos estão sujeitos a padrões de qualidade e as mulheres terão maior facilidade para obter crédito bancário aumentando a propensão a consumir gerando um efeito multiplicador na economia.

Muitos governos estão agindo, mais de 300 reformas, em 112 economias, foram introduzidas entre janeiro de 2005 e abril de 2009. Os reformadores simplificaram os regulamentos relativos a negócios, fortaleceram os direitos de propriedade, reduziram o ônus fiscal, aumentaram o acesso ao crédito e reduziram o custo de exportação e importação.


4 de abr. de 2010

A Bolsa de Valores







Como funciona o mercado de capitais?

A empresa quer dinheiro – mais dinheiro.
Para evitar os altos juros cobrados pelos bancos em cima dos empréstimos, uma empresa coloca ações à venda e atrai novos sócios. Eles podem comprar ações ordinárias nominativas – ON –, que dão direito a voto nas reuniões dos acionistas, ou preferenciais nominativas – PN –, que não dão direito a voto, mas têm preferência da hora da distribuição dos dividendos.

Investidores

Pessoas, empresas ou bancos querem multiplicar o dinheiro que têm nas mãos. Eles compram – em uma corretora – ações de uma empresa que acaba de abrir o seu capital ou de lançar novas ações. O dinheiro vai direto para a empresa, sem passar pela bolsa de valores. Por isso, esse mercado é chamado de primário. Bancos, corretoras ou distribuidoras de valores mobiliários ficam com a incumbência de pôr no mercado as ações.

Operacionalização

Ações compradas no mercado primário podem ser vendidas na Bolsa de Valores. É o mercado secundário. As partes só podem negociar por meio de uma das corretoras associadas à Bolsa, que cobram taxas de 0,5 a 2% do valor da operação. Os negócios são fechados por computador ou pelos funcionários da corretora.

A comodidade das ações menos disputadas

São a maioria no mercado, mas representam apenas 15% do dinheiro que circula na Bolsa de Valores. Pertencem a cerca de 530 empresas e são compradas ou vendidas por meio de coomputadores ligados à Bolsa - o Sistema Eletrônico de Negociação.

Ações mais disputadas - Blue Ships

Normalmente este tipo de ações faz parte da maioria dos portifólios diversificados com uma boa opção face o desconhecimento de certas empresas. Na sua maioria são empresas ligadas a mineração, construção civil..

Componentes do mercado de capitais

Direitos e proventos

As empresas propiciam benefícios a seus acionistas, sob a forma de proventos – dividentos e bonificações – ou de direito a preferência na aquisição de novas ações – subscrição.

O Índice Bovespa

O Índice Bovespa, vulgo IBOVESPA ou IBV, é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro, porque retrata o comportamento dos principais papéis negociados na BOVESPA. Corresponde ao valor atual, em moeda corrente, de uma carteira de ações hipotética.

O que faz os preços das ações subir ou descer?

Mudanças nas taxas de juros

Se elas caem, a bolsa sobe. Investidores tiram o dinheiro de aplicações que rendem juros e aplicam na Bolsa. Quanto mais procuradas, mais as ações têm seu preço aumentado, vice-versa.

Inflação

Quando ela sobe, a Bolsa cai. Os investidores abandonam o mercado de ações e aplicam na poupança ou outros investimentos mais estáveis. Não vale a pena correr os riscos da Bolsa se podem contar com um rendimento seguro mensalmente.

Especulação

Eles podem movimentar os preços para cima ou para baixo. Os mais comuns se referem à troca de ministros, pedidos de concordatas de empresas privadas ou privatizações de estatais. Em abril de 1995, por exemplo, a hipótese de privatização da Telebras fez o Ibovespa disparar 28,02% em relação ao mês anterior. Outro exemplo mais recente foi a compra da GM pelo governo americano que fez as ações valorizarem mais de 7% num único pregão.

Crises Internacionais

A economia de outros países pode repercutir na Bolsa. A crise do subprime, em meados de 2008, fez o Ibovespa despencar aos 29.435 pontos e registrar perda anual em mais de 50%.
Por mais de uma vez no dia o circuit-breaker foi acionado para conter a excessiva volatidade de mercado.


Visualise a evolução do Índice Ibovespa no período pré e pós crise clicando no link abaixo:




Investimentos estrangeiros

Eles promovem altas e baixas na Bolsa. No inicio de 2010, após publicações financeiras de empresas brasileiras comprovando o "V" da análise técnica confirmando que a crise fora superada o índice Ibovespa alcansava patamares pré-crise que logo foi percebido por investidores estrangeiros fazendo com alterasse o fluxo de capitais despencando o dolar norte-americano afetando a indústria exportadora brasileira.
Entretando o Minitério da Fazenda, juntamente com a CVM decidiu taxar a 2% aplicações em renda fixa e na Bolsa de Valores para desestimular a valorização cambial.

Visualise os gráficos para melhor compreensão.
Dica:Cruze os 3 gráficos para entender a dinâmica do mercado.



Atenção: Operadores antiéticos

Ao saber do interesse de um cliente de sua corretora por determinada ação, eles compram lotes dessa ação. Assim, aumentam o preço da ação e, uma vez que a venda está praticamente acertada eles vendem. Esses operadores são conhecidos como ratos. Quando descobertos, eles podem sofrer suspensões.



Outro aspecto importante é o quanto o nível de desenvolvimento de uma economia está associado às opções de captações que a mesma oferece para financiamento de projetos de investimento.
O mercado de capitais é a principal fonte de capital próprio para as empresas, a sua efetividade torna-se vital para o oferecimento desta opção dentro da economia. Portanto, o crescimento e o desenvolvimento de uma economia estão diretamente relacionados com os mecanismos de canalização de suas poupanças para o investimento produtivo.

Sugestão de links:
Bolsa de Valores de Moçambique:

Bolsa de Valores de São Paulo:

Comissão de Valores Mobiliários:

Fonte
FGV - Artigo bolsa de Valores
Trabalho sobre Mercado Financeiro - Evolução do Mercado de Capitais

Procurei explicar de forma generalizada como e porquê existe este mercado que tem servido de termómetro para as grandes economias. O material contém informações baseadas em pesquisas e realidades de mercado, porém não servem de base para escolha de papeis negociados na Bolsa de Valores.

8 de abr. de 2009

Pensar..


Quando eu era menino, na escola, os professores ensinaram-me que Moçambique estava destinado a um futuro grandioso porque tinha um vasto território e inumeras riquezas como: solo fértil, óptima localização geográfica, país livre, lutador e coisas semelhantes. Ensinaram certo?
O que me disseram equivale a predizer que um homem será um grande pintor por ser dono de uma loja de tintas. Mas o quadro, não é a tinta mas sim as idéias que moram na cabeça do pintor. São as idéias dançantes na cabeça que fazem as tintas dançar sobre a tela.
Por isso, sendo um país tão rico, somos um povo tão pobre, repito pobre. Somos pobres em idéias.
Não sabemos pensar.

Nisto nos parecemos com os dinossauros, que tinham excesso de massa muscular e cérebros de galinha. Hoje, nas relações de troca entre países, o bem mais caro, o bem mais cuidadosamente guardado, o bem que não se vende, são as idéias. É com idéias que o mundo é feito. Prova disso são os tigres asiáticos, Japão, Coréia, que pobres em recursos naturais, se enriqueceram por ter se especializado na arte de pensar.

Será que realmente pensamos?
(Continua)

(Adaptado)
Rubens Alves

24 de abr. de 2008

Utopia do desenvolvimento


É comum nos dias de hoje, ouvir-se nos meios de comunicação que agora em África, começa-se a notar um desenvolvimento visível e ainda, cria-se instantâneamente a idéia de uma possível futura ascensão econômica e hegemonia por parte de nós africanos. Identifica-se como causa o petróleo em África, em que a procura por suas jazidas e outros tantos minérios aumenta bruscamente para suprir os anseios e perspectivas insaciáveis das mega-indústrias dos ditos países do primeiro mundo, que procuram e disputam à liderança nos pólos de combustíveis que ditarão a capacidade e longevidade da mesma no mercado.

Esse assunto remete-me facilmente a um capítulo por nós vivenciado, não há muito tempo, capítulo esse, que ainda entristece o nosso íntimo, mas que se nós não enxergamos com outros olhos agora, iremos ser NOVAMENTE e ESTUPIDAMENTE enganados, saqueados até o último minuto e sem que nos apercebamos, iludidos, fazendo sempre o papel de coitados e vítimas da história.

Capítulo da expansão européia para África, que todos vocês muito bem conhecem, que tanto nossos ancestrais, como nossa terra foi brutalmente estuprada sem piedade e depois largada em choros que até hoje nós ouvimos e vemos quando nossos irmãos lutam entre irmãos devido à partilha arbitrária de África; quando num país com dimensões consideráveis,há falta de capacidade humana para poder ajudar no desenvolvimento, quando a fome nos assola de colheita à colheita e as doenças que antes não existiam, mas que no mundo de hoje matam-nos mais que no país de origem.

Esse jogo da economia global é sem dúvida a maneira mais moderna de exploração, em que os donos do capitalismo vêem África como abastecimento de suas maquinarias, e esses, alugam a nossa terra, implantam extractoras de tudo quanto é possível para sugar tudo que nos resta e vender a preços desproporcionais,que uma vez essencias para nós, pagamos o valor.

Porque será que esses investidores não constroem as fábricas em África?

Porque será que eles só agora é que vêem o potencial africano?

Dizem investir no país, enquanto a mesada que o nosso governo recebe é praticamente toda reinvestida em vias de escoamento da própria matéria-prima extraída, reinvestida em infra-estruturas para os trabalhadores das extractoras, em que os cargos de chefia pertencem todos aos estrangeiros, e alguém me diga que desenvolvimento intangível é esse, em que o investimento circula apenas em redor da matéria-preciosa?

Será que Europa e América são ingênuos ao ponto de quererem perder os seus clientes favoritos??

Vamos investir na educação, saúde, vias de comunicação, saneamento porque quando acabarem de fazer o trabalho ficaremos novamente largados, sem saber como manter o país erguido,mantendo o caminho em frente.Criemos leis e contratos que nos beneficiem, pois a matéria é nossa e é escassa, nós é que devemos ditar as regras, não deixar com que eles façam o preço e nos vendam 10 vezes mais caro.

Eles nos iludem enchendo o nosso ego com ar, pois o capital que gira em torno desses projectos é todo enviado de volta para as suas sedes.Não tenhamos medo de nos afirmar,questionar e dar a última palavra, chega de baixar a cara, encorajemos a prevenção e não a intervenção; examinemos a fundo o que leva um estrangeiro a voltar às colônias e acima de tudo rever esses todos os contractos que assinamos com terceiros por que em curto prazo até podem ser interessantes, mas as gerações vindouras pagarão o preço da vossa negligência, e nessa altura iremos correr o risco de ser mais um Iraque, que depois da exploração do petróleo fomentam uma notícia, destroem e retiram o pouco que eles criaram.

Moçambique ACORDA!

12 de abr. de 2008

Apresentação

Bom dia,boa tarde,boa noite conforme a hora em que estiverem a ler.


DADOS
Rodolfo Nogueira Dias,
20 anos de idade,
Residente no Brasil,
Aluno da PUC-Minas, curso Ciências Econômicas(Ênfase em Finanças),
Director Financeiro da PUC Consultoria Jr

Como já devem ter percebido pelo nome do blog (moz economics), este, irá conter assuntos puramente econômicos,reflexões, questões pertinentes, dúvidas, comparações e principalmente críticas e possíveis sugestões de soluções para Economia de Moçambique.
Esta necessidade surge primeiro com o percepção de como nossas atitudes como meros cidadãos hoje e futuros tomadores de decisão podem influênciar a massa que nos rodeia e caracterizar o futuro que nos espera após o amanhã; segundo, por estar a estudar economia e relacionar-me frequentemente com a temática, consigo visualizar o cenário em que nos enraizamos, fruto do sistema em nos encontramos,e que em vários momentos as ações ou a falta delas, divergem do meu sentido de progressão causando-me incertezas e insatisfatoriedade em diversos assuntos e áreas.
Nos meus próximos ‘’posts’’ irei me debruçar sobre o País em geral afunilando paulatimente sobre os assuntos que me penso serem importantes para o mesmo.
Irei procurar fazer comparações micro e macro econômicas entre economias já desenvolvidas procurando sempre a ajuda de números para clarear tal visão.
A periodicidade dos ‘’posts’’ será irregular pois primeiro irei colectar informações, organizá-las e só depois publicá-las.
O intuito deste blog é compartilhar conhecimentos, procurar novas visões ou visões mais apuradas, complemento ou divergências sobre os diversos temas.
Desde já agradeço pela visita e em breve estarei publicando o primeiro ‘’artigo’’.